sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A pregar em vão.

Doris Day
Uma mulher realmente tem classe quando rejeita que um animal morto seja colocado sobre os seus ombros. Só assim será realmente bela. (Doris Day)

Não me canso de ser acérrima defensora de alguma sensibilidade e bom senso. Bem sei que nós mulheres temos deveres e virtudes que não estão ao alcance dos homens, por muito que os tempos mudem, as mentalidades evoluam. Uma mulher será sempre, inevitavelmente, um ser mais belo, mais sensível. Pedir-se-á muito mais de uma senhora do que de um cavalheiro. No entanto, não confundamos as coisas. Lá porque uma mulher, para além de ser uma profissional respeitável, dona da educação e da razão, que por vezes, fragilmente, dá lugar às questões do coração, não quer dizer que não deva ser bela, num sentido que nada tem a ver com frivolidades - e com isto mais profundamente me refiro não às formas físicas, mas à inteligência nos modos, na maneira de vestir, no conhecimento que têm do seu biótipo, dos seus pontos fortes e das suas fragilidades. 
O conceito de beleza, como já algumas vezes referi, vai para além das formas físicas, é aquilo que transparece, algo que vem de dentro para fora, é um cultivar da mente que se denota na delicadeza dos gestos e atitudes, na maneira como vestimos, como nos penteamos, como queremos que o mundo nos veja. O que vestimos será sempre o espelho do que almejamos para a nossa vida. Por muito que muitas senhoras feministas desenfreadas o contradigam. 
Kate Moss envergando um casaco de pêlo. 
Quando vejo publicações de moda fazerem vénias desmedidas a toilettes como a de Kate Moss, confesso que fico com os nervos em franja. Se bem se lembram de Jayne Meadows, senhora belíssima, inteligente e perspicaz, uma mulher à frente do seu tempo, que nos ensinou - ou deveria, para as mais distraídas - que de uma mulher espera-se, acima de tudo, uma atitude delicada. Usar peles vai contra todo o conceito de fraternidade, amor pelo próximo, respeito pela mais pequena forma de vida. Costuma-se dizer que se queremos viver pacificamente, devemos adotar o mantra vive e deixa viver. Nunca, por mais que senhoras de índole pusilânime o registem nos meios de comunicação e criem verdadeiras seitas da moda, matar será uma questão de estilo e elegância. Claro está que não me parece, atendendo às atitudes da senhora Moss, que abunde muito discernimento e inteligência, mas seria pedir demais se se esperasse alguma sensibilidade? 

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